E inacreditável que alguns idiotas cruzeirenses estejam anonimamente organizando protesto contra a vinda de amazonenses pra serem atendidos no hospital covid do Juruá! Isso, além de revelar total falta de empatia desses incautos diante do sofrimento de nossos irmãos, também traz à baila a face doentia desse grupelho anônimo.
O Amazonas é o berço da maioria dos cruzeirenses e juruaenses. Sou particularmente amazonense e tenho um carinho enorme por tanta gente que vive nesse Estado vizinho.
Por longas décadas - antes da BR 364 - foi do Amazonas que vinha praticamente toda a subsistência desta regional acreana do Juruá, do combustível ao sal de cozinha. Portanto, menos desumanidade e mais amor para com os nossos vizinhos, amigos e irmãos.
Além do mais, nesta pandemia, a própria capital amazonense já recebeu acreanos em estado grave para um tratamento mais aperfeiçoado. Além de outros Estados. Não há fronteiras ao tratamento de saúde.
Dito isso, também quero me referir ao que fez com que alguns ialuados chegassem a esse nível de desumanidade a ponto de convocar para uma manifestação de protesto contra o atendimento de pacientes vindos do Amazonas no hospital regional de Cruzeiro do Sul. O que levou a essa atitude demente de alguns (mesmo sem justificativa) foi a fala afobada e fobenta do governador do Acre, Gladson Cameli, afirmando que o Acre (Cruzeiro do Sul) receberia amazonenses acometidos da covid. E Cruzeiro do Sul sempre recebeu pacientes dos municípios amazonenses vizinhos nos seus hospitais, principalmente no Hospital do Juruá, com covid ou não. Nada (ou quase nada) muda! O SUS continua universal.
Gladson, que costuma provocar com seus arroubos de foba, algumas distorções premeditadas, fez isso mais uma vez. Tentou fazer chover no molhado para obter ganhos políticos. A tal fala do governador nada acrescentou e ainda provocou, sem justificativas, a ira de alguns desajustados.
À foba do governador some-se a pressa de membros da imprensa em criar manchetes marcantes e envoltas de puxa-saquismo. Infelizmente isso é algo recorrente.
Bastava ser dito que nosso hospital continuaria aberto à recepção de nossos irmãos amazonenses vizinhos, como sempre ocorreu e, como necessário, nosso grau de solidariedade e zelo deveria aumentar. Pronto!
Por fim, repito que nada justifica a desumanidade de alguns. Mas também já está na hora de nosso governador parar de ser tão fobento e inconsequente! E a imprensa não custa ousar em fugir do copia-e-cola da assessoria de comunicação do governo. Um centímetro de criticidade e autonomia diante do nariz custa nada!
Evilásio Santos
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