quinta-feira, 30 de julho de 2020

Meu filho, meu campeão e sua história, irreversível a volta para a escola nesta pandemia.


Dr. Rogério Real Hospital Português/Recife

Após redigir um texto e publicar no blog http://urtigadojurua.blogspot.com sobre volta as aulas e flexibilização, além de respeitar o distanciamento nesta época em que a pandemia ainda não deu um decréscimo que transfira segurança para todos, muito pelo contrário, apesar de não haver testes rápidos os números de contaminados e mortes no Acre são absurdamente fora da curva, e por diferente causas não confio na maneira em que vão fiscalizar e monitorar toda a extensão necessária para  as  merecidos cautelas, além dessas justificativas, a mais potente não é que eu seja do grupo de risco, é a luta de um adolescente de 15 anos na qual desde que nasceu vem conquistando vitórias em sua vida, considerando seu problema de saúde descoberto quando ele estava quinze dias de idade, fomos orientado pelo médico pediatra local a procurar um especialista para entendermos o problema de saúde dele e iniciar tratamento, a partir deste momento se  deu inicio a muitas a numerosas viagens com meu filho.

Seu primeiro atendimento médico com uma cardiologista foi constatado que ele estava com um sopro cardíaco, na hora não me veio no meu intelecto qual a classificação do sopro? todavia, a apreensão era imensa, para aliviar o desespero do pai e mãe, a especialista expressa opinião que "geralmente o sopro fecha até os dez anos, mas o dele é muito forte, vamos acompanhar" e recomenda que a cada quatro meses levar com ele para Rio Branco. Daí em diante foi acompanhado por especialista durante os dez anos de idade, sempre com muitos exames e indicações para tomar algum medicamento quando gripava, certa vez permaneceu uma semana internado no hospital com uma infecção sanguina, me lembro que o médico falou que não ia ver de que era a infecção iria trata-la urgente, a febre muito alta, e nossa preocupação era com a infecção no coração chamada endocardite, a médica do plantão ainda medicou meu campeão  para a endocardite, contraiu uma alergia que ficou todo desconfigurado, mas logo corrigiram o equivoco, vale ressaltar que a partir de 2011 tanto no inverno como no verão comecei a fazer as viagens de carro as consultas via TFD.

Próximo de completar os dez anos a cardiologista depois de exames informou que além do Sopro Cardíaco Grau 6, nesta época eu já dominava e conhecia a doença parecendo a um médico nesse tema, estudava muito sobre o problema cardíaco, a médica completou que além  do sopro ele estava com uma estenose pulmonar (Válvula pulmonar apertada deixando passar pouco fluxo de sangue, isso pode aumentar o coração e ele pode ficar fraco com o tempo) estava também com Extrassístoles (uma batida a mais no coração) e a probabilidade desses novos problemas já poderia ser do sopro, pois ele já estava próximo de completar dez anos e não fechou tenho que encaminhar para cirurgia. Fez o encaminhamento e fui procurar o médico para preencher os formulários, por Deus encontrei com o cardiologista que faz as cirurgias em Recife estava atendendo em RBR pelo TFD, entreguei a documentação e ele preencheu, perguntei se ele fazia a cirurgia na capital me respondeu que esse tipo de cirurgia só no hospital em Recife.

Oito meses depois viajamos para Recife com apoio de um amigo que reside em Recife as coisas ficaram bem mais fácil, no dia seguinte nos arpresentamos no Real Hospital Português no dia seguinte já se internou, realizou todos os exames e agendou a cirurgia para o dia seguinte, conforme agenda programada aplicaram medicamento no meu filho para ele dormir e fui conversar com o médico que explicou todos os riscos de uma cirurgia do coração, depois de norteado sobre o assunto fiquei desnorteado sem saber  pra onde ir. Levaram meu filho para sala de cirurgia, acompanhei com minha esposa até a porta a partir dali ficou só a imagem dele dormindo na maca e sendo levado para ser operado. Enquanto aguardávamos o término da cirurgia entrei em pranto e não parava o choro, um desespero só passava na minha cabeça que não iria ver mais meu filho, de repente me sentei e na cadeira do meu lado sentou um anjo, um espirito, algo sagrado que me fortaleceu de uma manira que comecei a ajudar outras pessoas que também esperavam um ente querido.

Quase duas horas ele saiu e foi para UTI, tudo normal, cirurgia bem sucedida a unidade de terapia intensiva era natural após cirurgia do coração, foi realizada da do sopro e da estenose pulmonar, ficaria uns três quatro dias na UTI, então, começou outros problemas, o médico responsável nos avisou que ele estava com derrame pleural (água no pulmão) rapidamente iniciou o processo de retirada do liquido, permanecendo na UTI e apareceu uma febre, novamente fomos alertado por um especialista da unidade que a febre era decorrência de uma infecção hospitalar na UTI. Continuamos no Real Hospital Português por mais vinte dias, na hora de fazer os exames para nos liberar foi constatado que a estenosa pulmonar tinha novamente fechada, estava apertada para o fluxo sanguíneo que com o tempo terá que realizar outra cirurgia. 



Continua com acompanhamento com a cardiologista que nos últimos exames realizados está com estenose pulmonar moderada, mas não pode jogar bola, se pensar numa tatuagem fica só na vontade e não pode usar piercing, pegar peso também não, ou seja,  todas as suas brincadeiras são biônicas atrás de um computador ali pode criar, desenvolver e colocar sua imaginação para funcionar. Com todas essas vitórias conquistadas na sua vida ele se reserva no direito de decidir o que lhe faz bem e sabe se cuidar sem precisar está sendo monitorado, e com a ajuda de Deus não o exporemos, pois apesar de muito novo já tenha lutado muito pra ter uma vida como toda criança, todo adolescente, portanto temos o direito de lutar pelo seu bem, pela sua saúde e combater seja quem for que venha tomar medidas na área sanitária que prejudica muitos e a decisão venha colocar uma minoria em situações de risco. Que o poder público nunca esqueça que esta pandemia não é uma gripezinha, já chegamos a mais de 90 mil mortos, todo cuidado com a população é obrigação dos gestores público.
 






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