quarta-feira, 22 de julho de 2020

Aviso da FioCruz que considera prematura a volta as aulas no RJ. Exemplo serve para o Acre


Fiocruz diz que volta às aulas é prematura no RJ: "Faltam testes"
                

Herculano Barreto Filho

Do UOL, no Rio

22/07/2020 04h00

20.jul.2020 - Escolas particulares precisarão adotar medidas de prevenção à covid-19 para a volta às aulas no Rio - Reprodução da internet

20.jul.2020 - Escolas particulares precisarão adotar medidas de prevenção à covid-19 para a volta às aulas no Rio
Imagem: Reprodução da internet

A ENSP (Escola Nacional de Saúde Pública) da Fiocruz diz considerar prematura a volta às aulas na cidade do Rio de Janeiro. Um estudo da fundação condiciona a retomada das escolas a investimentos da prefeitura para garantir testagem de casos suspeitos de síndrome gripal, seguida de isolamento de 14 dias e de rastreamento de pessoas no entorno. A medida, essencial na estratégia de um bloqueio sanitário, ainda não foi adotada na capital.                                                
A Fiocruz propõe a iniciativa para garantir a segurança dos estudantes em uma eventual retomada das atividades escolares. Depois disso, um retorno seguro só se daria após dois meses, quando uma queda significativa de casos e óbitos fosse verificada. O retorno facultativo a aulas na rede particular foi anunciado na segunda (20) pelo prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), que projeta o retorno para 3 de agosto.

Ontem à tarde, Crivella disse que a volta será gradual, inicialmente voltada para os alunos dos 4º, 5º, 8º e 9º anos do ensino fundamntale. E servirá de teste para a retomada das aulas na rede pública, seguindo regras estabelecidas pela Vigilância Sanitária (veja abaixo). "Houve consenso, depois de muitas reuniões, inclusive com representantes de professores, sobre os quatro anos anunciados e sobre a questão de a volta ser facultativa", disse. O pneumologista Hermano Castro, diretor da ENSP e um dos autores do estudo, defende a necessidade de um investimento de grande porte para controlar o avanço da pandemia.

"É preciso testar os casos leves e suspeitos e fazer o bloqueio sanitário. É a única forma de controlar o avanço da pandemia sem a vacina. Só podemos pensar em volta às aulas quando houver um controle maior da pandemia, com número de casos menores. Precisamos ter a capacidade de identificar pelo menos 90% dos casos na cidade nos primeiros sintomas"Hermano Castro, pneumologista da Fiocruz
O pesquisador explica que a prefeitura também precisaria dobrar a sua capacidade de atendimento primário. Ele chega a comparar a ação ao suporte feito nos hospitais durante o pico da pandemia. "O município vai ter que investir milhões nesse tipo de atendimento. É preciso ter testes disponíveis para casos suspeitos e leves com resultado em até 48 horas. Para isso, é preciso de investimento", argumenta, ao se referir ao exame PCR, tipo de testagem com coleta no nariz e garganta do paciente que permite detectar o RNA do vírus. 








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