Rapidinhas com UrtigadoJuruá
jornalista
AUTOPROTEÇÃO CORPORATIVISTA
Apresentada sob o eufemismo de "PEC das
Prerrogativas", a proposta, na prática, amplia a imunidade parlamentar a
um nível que dificulta severamente a responsabilização de congressistas por
atos ilícitos. A justificativa oficial, de proteger o mandato de perseguições,
soa implausível e mascara o que muitos enxergam como um ato de autoproteção
corporativista.
PEC DA BLINDAGEM: CÂMARA APROVA PROPOSTA QUE AMPLIA
IMUNIDADE PARLAMENTAR
A Câmara dos Deputados protagonizou mais um episódio que
aprofunda o seu descrédito perante a opinião pública. Na data de ontem, 353
deputados federais, incluindo sete representantes do Acre, aprovaram a Proposta
de Emenda à Constituição que ficou conhecida como "PEC da Blindagem".
APOIANDO OS ABSURDOS
Em um ato que muitos eleitores consideram uma traição à
confiança do povo acreano, os deputados federais Antônia Lúcia, Coronel
Ulysses, Eduardo Velloso, Meire Serafim, Roberto Duarte, Zé Adriano Zezinho Barbary, deram seus votos a favor do disparate que é a
"PEC da Blindagem".
SETE DEP. ACREANOS ASSINARAM NA LINHA PONTILHADA
Os parlamentares contribuíram com o apoio a esta proposta
controversa que sinaliza a criação de uma elite política protegida, imune à
Justiça comum. Na prática, os deputados federais aprovaram uma medida que lhes
concede o poder de julgar os crimes cometidos por eles mesmos, estabelecendo um
perigoso precedente que atenta contra os princípios republicanos.
POVO NÃO É PRIORIDADE, OS DESEJOS SIM
Ao blindarem a si mesmos, esses deputados dão as costas ao
interesse público e reforçam a percepção de que o Congresso legisla em causa
própria. A decisão de apoiar tal absurdo representa um duro golpe na esperança
de um sistema político mais justo e transparente, onde ninguém, nem mesmo um
representante eleito, esteja acima da lei.
CRESCENDO EM CONFIANÇA
A deputada federal Socorro Neri (UP), mostrou que não se
curva diante de uma classe que quer ser imune à responsabilização, e que essa
geração de político está, cada vez mais distanciando-se dos anseios e das
necessidades do povo brasileiro, e que se expuseram com orgulho para defenderem
corruptos e golpistas.
SEPARANDO O JOIO DO TRIGO
Dito isso, a deputada Socorro Neri está de bem com sua consciência
e provavelmente com as urnas em 2026, pois essa votação, não
é apenas uma alteração constitucional; é um símbolo da atual crise de
representatividade e um duro golpe na moralidade pública.
E HÁ MAIS A SER CONSIDERADO
Após aprovarem o texto base do projeto que visa garantir a
própria impunidade, deputados do Centrão e da extrema-direita sofreram um
importante revés na madrugada de terça-feira. Não conseguiram atingir 308 votos
para manter o voto secreto na proposta.
PRESSÃO POPULAR
A derrota ocorreu quando a esquerda e o Novo conseguiram
derrubar a manobra que manteria em segredo a deliberação sobre a abertura de
processos contra parlamentares, garantindo que essa votação crucial seja
aberta.
DECISÃO DE CURTA DURAÇÃO
Contudo, a votação na madrugada que derrubou o 'voto secreto' foi uma alegria efêmera. Pois os partidários da impunidade não aceitaram a derrota e fizeram uma reviravolta desonrosa, reinstaurando o sigilo hoje. Vale destacar que os deputados alteraram a PEC e, com isso, aprovaram em segundo turno uma versão diferente da primeira. Isso é grave, mas parece que vale tudo para esse grupo.
VOTO SECRETO NO PARLAMENTO É UM MECANISMO DE IMPUNIDADE
A manobra do voto secreto era vista como a peça-chave para
garantir a impunidade na prática, pois permitiria que deputados protegessem
seus pares sem sofrer o ônus político e a exposição pública. Com a sua
derrubada, a votação para processar um parlamentar será nominal e aberta,
forçando cada deputado a se posicionar publicamente.
MAIS DESRESPEITO AOS LIMITES
O PL fez uma manobra para salvar o mandato do seu deputado Eduardo Bolsonaro,
que se aliou ao governo americano trabalhando contra a soberania nacional, ao defini-lo
como líder da Minoria na Câmara para, assim, tentar evitar a cassação
por faltas. É ou não uma molecagem?
DEPUTADOS DO PT
Doze deputados do PT votaram a favor do absurdo projeto da
“imunidade”, da “blindagem” ou como quer que o definam. O fato é que esses
“companheiros” envergonharam a sigla e atropelaram a confiança. Em meio a uma luta constante contra os
absurdos que hoje imperam na política, a conduta desses parlamentares é digna
de punição exemplar.
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