Quando a falta de responsabilidade é a marca registrada
O "circo" de R$ 400 mil: dinheiro público indo
pelo ralo
O Estado do Acre, junto com as prefeituras de Cruzeiro do
Sul e Mâncio Lima, terão que desembolsar R$ 400 mil para pagar por danos morais
coletivos. A condenação é resultado direto do descumprimento de recomendações
do Ministério Público (MPAC) sobre o bem-estar de animais e a segurança de
pessoas nas cavalgadas realizada em 2024.
Um retrato da irresponsabilidade
Este é o retrato perfeito da política do "pão e
circo" quando executada com irresponsabilidade. O fato é que, em Cruzeiro
do Sul, uma série de irregularidades foram encontradas durante a cavalgada na
Expoacre Juruá pelo Núcleo de Apoio Técnico (NAT), o que levou o MP a entrar
com a ação.
Vale tudo
Costumo dizer que, para elevar a própria popularidade,
alguns gestores ignoram o bom senso e até a lei. Promovem o "circo" a
qualquer custo, mas esquecem que a conta sempre chega. No fim, quem paga por
essa negligência? O contribuinte, que mais uma vez é feito de otário enquanto
seu dinheiro vai, literalmente, pelo ralo.
Crítica não é ofensa, mas é preciso saber do que se fala
Todo ser humano está sujeito a críticas; é um direito
protegido pela liberdade de expressão na Constituição Federal. No entanto, esse
direito não é absoluto. Quando os comentários se tornam depreciativos, com o
intuito de desonrar uma figura política por divergências ideológicas, a
humilhação se torna pública e ultrapassa a fronteira da decência.
Discurso da primeira-dama do Brasil
“Nada no planeta se compara à grandeza da Amazônia. São
quase 7 milhões de km² distribuídos por nove países. São 40 mil espécies de
plantas e mais de 1.700 rios. Dizem que a Amazônia é o pulmão do planeta. Eu
prefiro dizer que a Amazônia é o coração do planeta. Um coração que pulsa no
peito dos seus quase 50 milhões de habitantes, que carrega a cultura de 400
povos indígenas, falante de mais de 300 idiomas”(Janja).
Comentários ofensivos
Foi exatamente o que aconteceu recentemente com a
primeira-dama Rosângela Lula da Silva (Janja). Após seu discurso no festival
Global Citizen, em 1º de novembro de 2025, o resultado foi uma enxurrada de
ofensas nas redes sociais e comentários depreciativos de supostos
"comentaristas" em diversos meios de comunicação.
Até os “intelectuais” da região esculhambaram.
O curioso é que muitos desses ataques, que parecem
questionar falas sobre a Amazônia, ignoram fatos básicos sobre a própria
região.
Vamos desenhar
Para alguns que opinam sem saber, é preciso
"desenhar" o básico. O debate sobre a Amazônia frequentemente
confunde dois conceitos diferentes:
Amazônia Legal: Esta é uma definição política e geográfica interna do Brasil. Ela é composta por nove estados (e não sete, como alguns parecem pensar): Acre (3,1%), Amapá (3,0%), Amazonas (14,2%), Mato Grosso (12,1%), Maranhão (24%), Pará (29,9%), Rondônia (6,2%), Roraima (2,1%) e Tocantins (5,5%). A população dessa área era de 30,1 milhões de habitantes em 2024 (IBGE).
Amazônia Internacional (Pan-Amazônia): Esta é a definição do bioma,
que se espalha por nove países: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador,
Guiana, Peru, Suriname, Venezuela e Guiana Francesa. A população estimada
em todo o bioma amazônico é de 47,6 milhões de habitantes (Fonte:
Fatos da Amazônia).
Comentários rasos
Mesmo cometendo esse erro básico, enchem o peito de razão ao
compartilhar desinformação, num esforço claro para manchar a imagem da
primeira-dama, que não errou em nenhuma de suas colocações. Antes de desonrar e
atacar com comentários tão rasos, o mínimo que se espera de um crítico é que
ele saiba, de fato, sobre o que está falando.
Ativismo e Misoginia em Território Conservador
Ativistas em Campo Minado
Não é segredo para os cruzeirenses que moramos em um município "altamente" conservador. Um reflexo disso são os números absurdamente altos do ex-presidente Bolsonaro, condenado a mais de 27 anos de prisão.
Vozes necessárias
Contudo, nem mesmo esse cenário adverso impede que ativistas sociais surjam e atuem. São vozes necessárias, que seguem rompendo as imensas barreiras de um ambiente hostil.
Uma Mulher de Luta
Uma das figuras que mais batalha por igualdade de gênero, direitos humanos e justiça social em Cruzeiro do Sul é Rosalina Souza. E, ao contrário de muitos que se restringem à teoria, Rosalina vai à prática.
Na defesa das mulheres
Militante petista, ela é conhecida na cidade como uma verdadeira guerreira na defesa de mulheres vítimas de violência e das mulheres negras, liderando iniciativas concretas através de uma ONG e de uma Associação.
Repúdio à política atrasada
Fica aqui o meu repúdio e total indignação a um secretário da prefeitura de Cruzeiro do Sul. De forma covarde e por telefone, este adepto da política mais rasa e atrasada que ainda impera no município tentou "fritar" uma mulher, impedindo que fosse homenageada justamente por sua luta.
Misógino
Por meras razões ideológicas, o secretário buscou sabotar o reconhecimento, recorrendo a argumentos que foram descritos como depreciativos e misóginos. É uma atitude que expõe o lado mais vergonhoso do poder local. Felizmente, após ouvir algumas verdades e com o justo medo de "um barraco", o covarde voltou atrás.



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