A soberba de um senador acreano e a lei do retorno
O andar de cima vai dividido
Ao que tudo indica, o tabuleiro para as eleições de 2026 já está posto. A candidatura de Tião Bocalom (PL) soa irreversível, enquanto Mailza Assis (PP) já deu o "nó cego", consolidando-se como a candidata natural da máquina governista. Alan Rick (Republicanos) mantém seu grupo coeso e Thor Dantas (PSB) completa a lista de pretendentes à cadeira principal do Palácio Rio Branco. O "andar de cima" não trincou apenas; rachou ao meio.
Político sem mandato e o vento nas costas
Na política, a palavra empenhada muitas vezes vale tanto quanto uma nota de três reais e no "andar de baixo" todos sabem disso. A pergunta que não quer calar ecoa nos bastidores: após Bocalom renunciar à prefeitura de Rio Branco para concorrer, tornando-se um político sem mandato, quem restará ao seu lado no palanque além de Márcio Bittar?
O estrago será monumental
A fissura aberta pelo desejo do prefeito da capital em disputar o governo em 2026 é profunda, colidindo frontalmente com o projeto de Mailza Assis e, por tabela, com o governador Gladson Cameli. A vice-governadora não esquece que o grupo governista foi decisivo na reeleição de Bocalom em 2024 e, no mínimo, esperava reciprocidade dessa fatura.
Servir a Deus e a Mamom
Contudo, a realidade impõe seus limites: o Senador Márcio Bittar estará atado a Bocalom. E como ensina a sabedoria antiga: "ninguém pode servir a dois senhores ao mesmo tempo". A mãe do governador se manifestou sobre uma fala do senador e questionou se ele já “esqueceu apoio recebido do filho”.
Agora não tem volta
Em entrevista recente à imprensa local, o prefeito Zequinha Lima (PP) jurou lealdade institucional, declarando que seu apoio seguiria estritamente a orientação do governador Gladson Cameli. No entanto, bastou um café da manhã com a vice-governadora Mailza Assis e seu grupo político para o discurso mudar de ritmo. Ao lado da correligionária, Zequinha cravou nas redes sociais: “reafirmando nosso apoio”.
Chefe de uma organização criminosa
Penso que o senador Shape tenha conhecimento de que o seu
'ídolo', além de outros crimes, foi condenado também como chefe de uma
organização criminosa. E, em resposta ao que o parlamentar declarou ser
injustiça sua prisão, esclareço: o seu amigo não foi
preso ainda pela tentativa de golpe de Estado, pelo qual foi condenado a 27
anos e 3 meses de prisão.
Violou dolosa e conscientemente
A prisão decretada preventivamente foi a pedido da PF, corroborada pela PGR e determinada pelo Ministro Alexandre de Moraes (STF), pela tentativa de romper a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda, crime que ele mesmo confessou.
Má-fé
Portanto, o senador está usando de má-fé em suas declarações; ademais, o ministro relator declarou que o condenado violou, dolosa e conscientemente, a tornozeleira eletrônica.
Comemoraram e agora choram
É preciso refrescar a memória deste senhor: quando Lula foi
preso, ele e seus aliados celebraram com euforia a perseguição promovida por um
juiz que, mais tarde, o próprio STF declarou parcial. Naquela época, entre
risos e sarcasmo, a frase de ordem era: "o choro é livre". Agora, o
mundo girou.
Quem fala o que quer...
A liberdade de expressão é um pilar sagrado da democracia; o
direito ao contraditório é legítimo. Porém, usar o mandato para desqualificar
movimentos históricos como o MST e a Contag, e rotular alguns cidadãos de “ratos
do Brasil que roubavam as Petrobras da vida e voltaram a roubar", é mau-caratismo.
O senador precisa entender a lei da ação e reação
Quem desce ao nível de chamar o povo que não pensa
como ele de "rato", não poderá se melindrar se, em resposta, alguém o
taxar de "rato de esgoto".
Telhado de vidro
Não deveria atirar pedras no telhado alheio quem possui
vidraças quebradas pelo destino nebuloso de emendas parlamentares. É o caso dos
recursos destinados às Santas Casas da Amazônia e de Rio Branco, que, segundo a
Justiça Federal, estão sob forte suspeita de fraude, desvio de finalidade e
promoção pessoal.
Teimosia negacionista
Além disso, é muita cara de pau querer voltar ao poder
depois de ser conivente com uma gestão desastrosa que custou a vida de 700 mil
brasileiros na pandemia. Estudos indicam que centenas de milhares dessas mortes
poderiam ter sido evitadas se não fosse a teimosia negacionista e a incompetência
do "amigo" que ele tanto defende. A história não absolverá os
cúmplices.
Dia de carreata
Nesta terça-feira (25), o confronto entre Atlético Mineiro e
Flamengo pode resultar em mais uma carreata espetacular em Cruzeiro do Sul,
tradicionalmente puxada pelo flamenguista Ralid Almeida. Mas, para a festa
acontecer, a matemática é clara: o Mengão precisa vencer o jogo e o Palmeiras
perder para o Grêmio. Aguardemos com as bandeiras a postos!

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