A vida lhe surpreende com situações em que revela o quão verdadeiro ou ilídimo torna-se uma amizade, ocasião em que lhe permite refletir a respeito dos acontecimentos triunfantes e fracassados que foram compartilhados, mesmo assim a história deve ser contada como ela é e, portanto jamais como gostaria que ela fosse, ressalvado se tenciona produzir fábulas com personagens livres de sentimentos dissimulados, no entanto até para fabricar uma ficção onde paire simplesmente a gratidão, amor e lealdade é improvável, haja vista que o paraíso pertence aos limpos de alma e a covardia é irmã gêmea da ingratidão na terra, logo difícil gerar um cenário com os felizes para sempre, sempre.
Aqueles amigos que
causaram vergonhas e como mortos saíram da sua vida, não é motivo para tristeza
e sim decepção, pois as lembranças sadias de um passado vivido com afinco,
cumplicidades e desafios superados diante das conjunturas espinhosas formaram
uma geração aguerrida, desafiadora e cheia de sonhos, objetivando transformar
um ambiente injusto, perseguidor e improdutivo em algo sólido, agradável e
digno, ademais, esses sujeitos vitoriosos, de caráter, protetor das causas que
o tornaram líderes e que conquistaram seu espaço, com seus talentos
e virtudes tornaram-se imbatíveis naquilo que acreditavam, no
entanto vieram a óbito (acabou) esses amigos, pois após incontáveis conquista “o
coração tem razão que a própria razão desconhece”.
Dizer adeus
para amigos em vida é acolher a luta do passado como uma farsa, talvez por isso
as lágrimas que deveriam cair no rosto teimam em não aparecer, contudo o
correto seria jamais velar “aquelas” amizades consideradas “ad aeternum” que as
adversidades causaram rupturas criando uma camada de vergonha e desgosto devido
ao modus operandi contemporâneo, contudo com coração apertado pela perda de
amigos que permanecem vivos recitando a história como ela não é, e permanecem obstinados
em driblar a realidade para ressurgir para novos propósitos.
Por fim, os
aprendizados que o passado nos proporcionou, nos obriga a assumir que as
amizades morreram, como as posturas sempre foram tratadas com sinceridade, uma
vez que se torna impossível negar os ressentimentos, devido a mão visível e
invisível do estado, portanto, ficam aspirações de uma vida sem “morte”
prematura no futuro.
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