quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

O pau que bateu em Chico (não) bate em Francisco, no Acre

 

Tânia Rêgo | Agência Brasil


 

Nos últimos dias o Acre despertou a atenção do país, não por ter realizado algo que orgulhasse sua população, mas pelos envolvimentos de agentes públicos e empresários ligados ao governo Gladson Cameli em traquinagens. A operação vergonhosamente conhecida pela população acreana tem objetivo de desarticular uma organização criminosa, que pelos vistos desviavam recursos dos cofres públicos atingindo o valor de 800 milhões de reais da educação e saúde.

O estado vive seguidas atuações da Polícia Civil e Federal, atuando para evitar essa festa da corrupção e ostentação com dinheiro público, assim, empresários, servidores públicos e políticos envolvidos nos supostos desvios de recursos nas secretárias do estado, estão sendo afastados, exonerados, investigados, presos e/ou proibidos de exercerem suas funções ou conversarem entre si. Em um país em que miseráveis estão escapando no osso e no lixo, a PF apreendeu bens na operação Ptlomeu e hoje por determinação do STJ prendeu a chefe do gabinete do governador Gladson Cameli, Rosângela Gama, por obstrução da Justiça.

É preciso lembrar que enquanto a esquerda e juristas questionavam no passado a operação G-7, a midiatização irresponsável, o julgamento antecipado e condenação aos envolvidos pela sociedade e políticos de direita era de uma crueldade imensurável, principalmente aqueles que odiavam o Partido dos Trabalhadores e não respeitavam o Princípio da presunção da inocência e censuravam os direitos que todos são inocentes até que provem o contrário (Declaração Universal dos Direitos Humanos).

Talvez memorizem o que fizeram com o ex-presidente Lula, com a condução coercitiva, a sua prisão já em segunda instância, perseguição incansável de um Juiz e um procurador (provado com as conversas vazadas por um hacker que denunciou o conluio) contra um partido político e entre outras tantas aberrações, contudo defendidos fervorosamente pelos que estão criticando o sistema. Mas e o Lula? provou sua inocência em mais de 20 processos quando foram permitidos o direito a defesa sem carta marcada.

Como não lembrar de um certo jornalista fervoroso em Cruzeiro do Sul, que fez a festa no meio de comunicação que presta serviço e sorriu, cantou e explorou covardemente as acusações contra a esquerda para receber créditos desonrando nomes e um partido político, e hoje? O discurso deste profissional que tem lado é de cautela e pouca conversa, sem conspurcar nomes, coisa normal no passado, mas na sua parcialidade atualmente, defende que, todos tem direito a presunção da inocência.


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