terça-feira, 7 de setembro de 2021

Dia da independência e os limites da democracia

 

Imagem Rede Social




A defesa dos atos antidemocráticos pelo presidente da República e seus seguidores no dia da independência do Brasil, o grito do Ipiranga foi substituído pelo grito do fascismo, grito pela intervenção militar no STF e no Congresso, grito contra vacinas e o grito do presidente da República com ameaça explicita de um golpe de estado, não se constatou em nenhum momento grito de esperança, grito contra a miséria, a fome, grito em solidariedade as famílias dos mortos pela pandemia, grito pela recuperação da economia, grito em favor dos desempregados, grito pela vida.

Em Brasília num discurso inflamado para sua rebanho, Bolsonaro ameaçou novamente : "Não mais aceitaremos de qualquer autoridade, usando a força do Poder, passe por cima da nossa constituição. Não mais aceitaremos qualquer ação que venha de fora das quatro linhas da constituição. Não podemos continuar aceitando que uma pessoa especifica, da região dos Três Poderes, continue barbarizando a nossa população. Não podemos aceitar mais as prisões políticas. Ou o chefe desse poder enquadra o seus, ou esse poder pode sofrer aquilo que não queremos".

Esse foi o pronunciamento do presidente da República que como um líder autoritário defende a liberdade de expressão para atacar as instituições democráticas e produzir  apologia ao crime, e as quatro linhas da sua proteção, são as que lhe favoreçam nas suas concepções ideológicas, nas suas regras e dos seus desejos, ou seja, ele investe de um poder moderador inexistente e que viola a Constituição Federal para servir as pautas antidemocráticas, assim,  no jogo que ele aspira, a bola, o campo lhe pertence, e ainda é jogador e juiz, se não, é inconstitucional.

O que o Brasileiro testemunhou nesses últimos dois meses, foi um presidente da República licenciado, trabalhando para mobilizar seu grupo com recursos públicos em prol de uma multidão a favor de atos antidemocráticos, principalmente contra a Suprema Corte. A violação da constituição por parte do PR leva a crimes de responsabilidade, no entanto a câmara federal através de seu presidente se omite de sua responsabilidade expondo a democracia ao perigoso braços da ditadura, haja vista que depoimentos e discursos com ataques as instituições se tornaram frequentes pela maior autoridade politica brasileira com aval de muitos militares.

Portanto, Jair Bolsonaro gritou que reunirá com o Conselho da República, fato negado por autoridades que pertencem ao conselho, ou seja, um presidente que além de falastrão e mentiroso dissemina para sua plateia um discurso totalitário e o único que ameaça a democracia brasileira tem nome, endereço e aliados nada anônimos, consequentemente a pacificação do país jamais será prioridade, pois a direção é a ruptura institucional.

 



Nenhum comentário:

Postar um comentário

  ac24horas Carioca avalia com lucidez que, caso o governador Gladson e o Progressistas não tivessem apresentado candidato próprio à Prefeit...