segunda-feira, 29 de abril de 2024

 



ac24horas


Carioca avalia com lucidez que, caso o governador Gladson e o Progressistas não tivessem apresentado candidato próprio à Prefeitura de Rio Branco, “do ponto de vista político, seria o fim do Governo”.

Quanto ao MDB, o diagnóstico pode surpreender alguns que não entendem as cambalhotas que os cenários políticos constroem. “O MDB vai sair muito mais forte do que ele vai entrar”, pontuou, referindo-se às eleições de outubro no Acre. Isso não é o petista jogando a toalha. Antes, é o militante estudando uma lenta e gradual retomada.

Carioca avalia com lucidez que, caso o governador Gladson e o Progressistas não tivessem apresentado candidato próprio à Prefeitura de Rio Branco, “do ponto de vista político, seria o fim do Governo”.

Quanto ao MDB, o diagnóstico pode surpreender alguns que não entendem as cambalhotas que os cenários políticos constroem. “O MDB vai sair muito mais forte do que ele vai entrar”, pontuou, referindo-se às eleições de outubro no Acre. Isso não é o petista jogando a toalha. Antes, é o militante estudando uma lenta e gradual retomada.

por Itaan Arruda


ac24horas: Em certa medida, você profetizou que a Frente Popular ficaria 20 anos no poder. Já fez cálculo semelhante em relação a ficar fora do poder? Outros 20?

Carioca_ É muito interessante fazermos uma análise, muito detida, para não ser diletante e estar opinando a partir do desejo e não da realidade. Eu diria que o fim dos vinte anos do ciclo do PT e da Frente Popular, ele encerra um ciclo na política do Acre e faz com que agora nós estejamos vivendo um período de transição. Isso está acontecendo no Ocidente, de uma forma geral, está acontecendo, de certo modo, no Brasil: foi uma situação absolutamente inusitada, em relação ao que a política representa hoje. Mas se você olhar para o Acre, representa, eu diria, a mesma coisa. Nós temos uma realidade muito fugidia, muito volátil, que está em transição e que está se formando. Ela está se conformando. Eu acho que qualquer tipo de opinião que permita imaginar que você vai fazer uma espécie de projeção ao longo prazo, eu diria que ela é, no mínimo, imprudente.

As coisas estão menos previsíveis?

Eu vou te dar só um dado aqui. Na eleição de 2026, que está projetada, quando você pega as pessoas que mais influenciam na política do Acre, o atual governador, os senadores que vão ser candidatos a eleição novamente, Petecão e Marcio Bittar, o próprio senador Alan Rick (se fala que será candidato a governador) e o ex-governador e ex-senador Jorge Viana, que já colocou que pode ser candidato ao Senado. Ou seja: a maioria dos que eu citei aqui vão estar disputando a eleição para o Senado. É como se você tivesse uma inversão: a série A fosse disputada no Senado e a série B fosse disputada no Governo. Tudo isso é uma coisa absolutamente distinta. Até outro dia se discutia na imprensa que o Governo [do Acre] não teria um candidato a prefeito.

Isso seria inusitado.

Não. Isso não é só inusitado. Seria o fim do Governo. Do ponto de vista político, como é que alguém que está no Governo [do Acre] não tem um candidato à Prefeitura de Rio Branco?

Essa semana que terminou foi anunciado Alysson Bestene como candidato do Progressistas. Qual tua leitura sobre esse processo?

Como eu disse, do ponto de vista político, seria o fim do governo.

Por quê?

Qual é a situação? Primeiro… depois de passar vinte anos, sabendo qual é o tamanho, qual é a força de quem está no governo, eu nunca vou subestimar. Ainda que a gente saiba que o candidato do Governo, nesse momento, não é, nem de longe, favorito. Ele não é colocado nem para ser um dos pretensos a uma das vagas de segundo turno. Mas eu não subestimo por quê? Porque eu sei a força que o governo tem. Se conseguir unificar; se conseguir colocar todo mundo em bloco para fazer a campanha do candidato, ele tem alguma força. Ainda que não seja uma liderança, super conhecido, mas eu acho que tem alguma força. Eu fiquei perplexo quando eu fiquei sabendo que o Governo não teria um candidato. Porque, de certo modo, o Governo nunca vai perder. Ele perderia se ele deixasse o seu ‘exército’ se dispersar: não tem candidato, todo mundo vai para onde quiser. Aí, como é que você junta isso de novo para a eleição de 2026?

Complicaria para Maílza, por exemplo.


Pois é. Todos estão lendo de que a atual vice-governadora será a sucessora do governador em 2026. Se isso é verdadeiro, se isso é do partido, como é que o partido vai dispersar agora? Não tem sentido isso. A segunda coisa que eu destacaria é o seguinte: eu fiz umas contas aqui. Depois da ditadura militar, houve dez eleições para a Prefeitura de Rio Branco, incluindo a de 1985, que foi um mandato tampão. De lá pra cá, nessas dez eleições, apenas quatro vezes, o candidato apoiado pelo governo perdeu: em 88, o Kalume venceu; em 92, o Jorge Viana venceu; em 2000, o Flaviano venceu e agora, em 2020, a Socorro Neri perdeu. O Bocalom venceu a candidata apoiada pelo governo. Obviamente que o pessoal do MDB vai dizer: ‘Não. Mas em 96 o Mauri também ganhou!’. Não! O Carlos Aírton era candidato do governo à época, ou pelo menos do partido do governo. Mas como diz a literatura acreana: ‘Acre é terra de muro baixo’. Sabemos que naquela época, em 96, o Orleir deu uma força gigante para que o Mauri nos vencesse na eleição de 96. Por isso eu tô colocando o Mauri como tendo recebido, no final, apoio do governo também. Então, de dez, apenas quatro perderam. Essa estatística é animadora. Agora, outra estatística que precisa ser colocada é a seguinte: após o Estatuto da Reeleição quem estava investido no cargo e foi candidato novamente, apenas a Socorro Neri perdeu a eleição. Os demais venceram.

Aqui no Acre, há uma evidente dificuldade das lideranças que estão no poder não apenas na administração da coisa pública. Há dificuldades no manejo da política também. No entanto, não se vê por parte dos partidos da esquerda uma reação à altura. Por quê?

A militância do PT está se sentindo órfã das lideranças referenciais do partido como Tião Viana, Binho Marques, Jorge Viana…? Você mesmo está aí em Florianópolis. São pessoas que teriam melhores condições de melhorar essa capilaridade do partido por aqui. Tem lógica esse raciocínio?

Tem alguma lógica. Mas eu jamais vou debitar, por exemplo, essa situação mais precária que estamos vivendo a essas lideranças que já deram tanto por nós. Cada um, ao seu modo, faz os seus contatos. Agora, essas coisas acontecem de maneira muito mais forte, intensa, quando a pessoa está envolvida diretamente, por exemplo, naquele processo que ela vai protagonizar também. Se você for olhar para alguns que você citou, eu só vejo o Jorge Viana pensando na possibilidade de ser candidato novamente. Ele está fazendo um excelente trabalho na Apex: ele tirou do anonimato um órgão do governo que ninguém conhecia e o tornou protagônico. A retomada da esquerda tem que ser por baixo. Tem que ser pelos trabalhadores. Ela tem que ser com as pessoas que estão sentindo na pela a dificuldade, a hostilidade dessa realidade dura, difícil que nós estamos vivendo. Se a gente quiser, efetivamente, fazer uma retomada correta é muito importante trabalhar com a ideia de que o período do governo ele já passou. Não é dali que vai brotar um novo recomeço. Eu acho que é trabalhando diretamente com o trabalhador, com a juventude, com as pessoas que, efetivamente, estão fora da esfera pública mais institucionalizada e estão à procura de emprego, de oportunidade. Tudo isso é a matéria prima que a esquerda deve apostar.


Mas isso serve efetivamente para o Acre atual? O voto acreano sempre foi mais à direita. A impressão que dá é que os vinte anos da esquerda no poder no Acre foram um acidente.


Essa mesma situação a gente via na década de 80. Quando o PT disputou a primeira eleição em 1982 com o Nilson Mourão, ele tirou pouco mais de cinco por cento dos votos. Em 1996, com Hélio Pimenta que foi candidato, a gente tirou a metade dos votos do Nilson Mourão: dois e meio por cento dos votos. Nesse período seria possível dizer o que você está afirmando agora, com muito mais propriedade. Então, quem já viveu isso não pode, digamos assim, deixar de ser resiliente. Mesmo nessa ladeira íngreme que você apresenta, eu acho que o PT já subiu essa ladeira com alguma propriedade e eu acho que basta querer colocar o pé na estrada para que a gente possa voltar em passo de maratona. Quem imaginou que você poderia querer voltar de imediato, perdendo tempo refletindo dessa maneira? Assim mesmo, por exemplo, a oposição de 2002 apostou nisso. A gente ganhou o governo em 1998 e a gente viu aquela mobilização dos que estavam no governo antes querer voltar logo imediatamente. Não é assim. A ideia é que se tenha um tempo para que se possa voltar. Por que eu aposto nisso? Primeiro lugar: apostar em fazer trabalho de base. Isso é muito importante. Mesmo em uma sociedade marcadamente conservadora, como é a acreana, sabemos disso. O segundo ponto: o pouco que você tem, você unificar. Unidade é tudo. Quando eu vejo hoje para quem está hegemonizando a política no Acre, eu não vejo unidade em canto nenhum. Há uma dispersão quase geral. E isso em um período muito mais rápido, muito mais acelerado, do que aconteceu conosco.


Quando foi que a Frente Popular começou a ruir?


Na eleição de 2010, com a saída de Petecão e ele ganhando eleição para o Senado. Ali a gente começa a ruir. Já havia saído alguns antes, mas nada tão destacado como foi a saída do Petecão em 2010. Ali a gente começa a ver que nós tínhamos que cuidar da nossa casa, unificando o que nós chamamos de ‘tropa’, de ‘exército’. Eu já vejo isso, usando uma linguagem mais chula, de maneira mais ‘espatifada’ em quem hegemoniza a política acreana hoje. Você não vê coesão. Até porque, com o PT, que era o grande inimigo, de certo modo está arrefecido,  então eles passam a ver esse inimigo nas suas próprias hostes, não é? Então, eu estou vendo isso como um elemento interessante que a gente vai ter que lutar, retomar pela base. Mas também cada vez mais nos unirmos para que possamos voltar a crescer.


Essa unidade tem sofrido baixas importantes. No Alto Acre, Brasiléia, Assis Brasil… em Feijó também. Os partidos de direita têm cooptado lideranças estratégicas no interior. Como vocês pretendem reagir a isso?


Essa situação do poder como sendo elemento de sedução, de atração, isso também havia na ‘nossa época’. Se você for olhar o Padeiro [prefeito do Bujari], ele deve estar do lado de quem está no governo. Na época em que estávamos no Governo, ele estava do nosso lado. Estou dando esse exemplo, ele é uma pessoa que conheço e respeito. Estou citando esse exemplo, mas há vários. Tinha muita gente que estava do nosso lado, porque estávamos no poder. Eu me lembro que um amigo meu me falou que encontrou um empresário e disse: ‘Nossa! Na primeira semana do governo, vocês já estão no gabinete do governador!’. O empresário teria olhado para esse meu amigo e falou. ‘Não. Nós nunca saímos de lá. Foram vocês que saíram!’. Isso também acontece na esfera da política. Na esfera pública. Tem muita gente que é vereador, que é mandatário, no Legislativo, no Executivo e no primeiro chamamento, por uma questão de mera oportunidade, digamos assim, para não usar outro adjetivo, já aceita o chamamento. A retomada a que eu me refiro ela pressupõe aquelas pessoas que estarão ao nosso lado no sol e na chuva. Por que o Bira Vasconcelos permanece no PT? É desses aí que nós estamos atrás. E tem muita gente nessa condição.


Marcus Alexandre estava para esse espírito de ‘Sol e de chuva’? Ou você tem a sensação de que ele tem com o PT uma relação de “amante”, de só querer relação durante à noite porque durante o dia ele precisa desfilar com outros?


Não. Eu tenho respeito pelo Marcus Alexandre porque ele foi transparente conosco. Gostaria que ele tivesse permanecido no PT, assim como eu gostaria que até hoje a Marina fosse do PT, por exemplo. Ele foi muito digno por ter chamado a direção para conversar e anunciar que estava pretendendo sair. Isso é um direito que ele tem. Ainda que eu discorde, mas é um direito que ele tem. Ele poderia muito bem, já que o PT está nessa condição que você descreveu, que não é um partido hoje que não ostenta uma quantidade de votos expressivo, tanto é que não tem nenhum vereador na Capital, ele poderia muito bem ter descartado o PT. E o fato de o PT estar na aliança dele, por exemplo,  ilustra muito bem que ele está tratando tudo isso com  muito respeito, sinceridade e transparência. Nesse aspecto, eu jamais posso deixar de reconhecer a grandeza dele.


Há uma impressão muito comum por aqui e que deve ser muito usada na campanha: ter pertencido ao PT é um dos pontos frágeis de Marcus Alexandre.


Essa situação tem um quê de objetividade. Em uma sociedade marcadamente conservadora como a acreana, você ter um verniz de esquerda, à luz desse eleitorado mais conservador isso, de certo modo é ruim. Por outro lado, foi exatamente no período que o Marcus Alexandre esteve na esquerda que ele vai apresentar aquilo que o torna a pessoa mais confiável para receber o voto do cidadãos de Rio Branco, que foi o período que ele mais realizou pela cidade, que foi o período que ele estava na esquerda. Eu acho que são duas situações que, a um só tempo, ela pode, se bem trabalhada, ajudar muito mais do que prejudicar. 


O PSol ensaia uma candidatura própria. Que recados isso te passa?


O PSol vive uma situação que o PT viveu na década de 80. Na década de 80, o PT tinha uma estratégia que era a seguinte: não fazer aliança e ter sempre candidatos majoritários, sempre que possível, na esfera de prefeituras e Governo do Estado, que era uma maneira de você anunciar a marca, o projeto, a cara do partido. O PSol procura muito isso. Ter palanque em qualquer tipo de disputa, sobretudo em uma Capital, é estratégia do partido há muito tempo. Isso não tem, absolutamente, nada a ver em querer fazer uma demarcação de campo contra o PT, contra a nossa federação, contra o PCdoB e PV. Eu diria que é uma estratégia nacional do PSol.


Do ponto de vista tático, o que precisa ser priorizado pelo PT para outubro?


Aí no Acre se costuma fazer discussão eleitoral sempre conectando, e isso acontece no Brasil inteiro, sobre o que vai emergir. O mapa eleitoral que vai emergir da eleição em 2024 ele dirá muito sobre a eleição de 2026, na correlação de forças. Por exemplo, o MDB vai sair muito mais forte do que ele vai entrar. Sobretudo se se confirmar uma vitória do Marcus Alexandre na Capital. Então, esse espectro de candidatos que estão se apresentando para o governo e para o Senado… a presença do MDB tem que ser começada a pensar sobretudo depois do resultado da eleição. Se se confirmar, por exemplo, o crescimento do partido… eles estão disputando muitas eleições importantes. Se eles conseguirem vencer, eles vêm com uma força significativa que não deve ser desprezada. Como eu falei: o que tem que ser feito é fazer as disputas que estão postas. Agora, no caso do PT e da Federação, não pode-se pensar só em eleição.


Para além da eleição tem o quê?


Tem que permanecer fazendo trabalho de base. Continuar organizando os trabalhadores. E fazendo o enfrentamento. Sem conflito, a esquerda nunca vai se criar. O Lula faz consenso, mas depois de ter ganhado a eleição, mas não sem antes ter conflitando muito. Agora, se você tiver na oposição, não dá para ser com cravos, fazendo uma alusão ao que aconteceu em Portugal há 50 anos, que nós não vamos chegar muito longe, não.


Quais regiões do interior do Acre deveriam ser estratégicas para o PT?


Primeira coisa é disputar para ganhar a eleição em Xapuri que é a única prefeitura que nós temos. É muito importante isso. Xapuri é um berço do PT. Acho que nós podemos colaborar muito lá. Acho que dá para protagonizar no Alto Acre porque é a região que o PT é mais forte, mesmo com toda essa crise que estamos vivendo. A companheira Marinete, que é vereadora do PT, está com o nome colocado como pré-candidata para fazer composição com a oposição. A Neidinha, em Epitaciolândia, também. Nós temos um candidato já colocado, que é o Alvanir, em Senador Guiomard, e a gente pode também, dependendo das condições de elegibilidade, lá em Porto Walter, lançar o Neuzari como candidato. E o Francimar está com nome posto em Feijó. Tomara que prevaleça. Para efeito de retomada, é um número bom.


Em Feijó, o PCdoB se encantou com o Republicanos. Isso é tranquilo?


Eu confio muito no que o Edvaldo e a Perpétua fazem em relação ao PCdoB. Eles também têm ajudado a cuidar muito da federação e eu acho que as escolhas deles têm sido compartilhadas e isso é muito bom.










domingo, 21 de abril de 2024

Eleições 2024: Com 64,75%, Jéssica Sales (MDB) continua liderando as intenções de votos em Cruzeiro do Sul

 

Imagem: Jéssica Sales e Zequinha Lima - Reprodução

Na terça-feira (16), o Instituto Delta Agência de Pesquisa, contratado pelo jornal Ac24horas, divulgou os números do mais novo levantamento para o esperado embate dos munícipes cruzeirenses nas eleições 2024.

Com uma população de 91.888 (IBGE) e um colégio eleitoral de 60.360 (Seplan), Cruzeiro do Sul, que é a segunda maior cidade em população e eleitores do Estado do Acre. 

Na mais recente pesquisa do Instituto Delta, o levantamento ratificou a pré-candidata à prefeitura de Cruzeiro do Sul, Jéssica Sales (MDB), na liderança com 64,75% dos votos, mantendo assim uma margem significativa para o prefeito Zequinha Lima (PP), que assegura somente 19,75%. Brancos e nulos com 4,25% e não sabem e não responderam 11,25%.


Na pesquisa espontânea, Jéssica Sales ficou com 47,25% e Zequinha Lima com 18,75%. Outros candidatos 0,75% e não sabem ou não responderam 33,25%.  

 

No quesito rejeição, segundo a pesquisa realizada pelo Instituto Delta,  Zequinha Lima (PP) aparece com 33,75%, Jéssica Sales (MDB), com 10,75% e não sabem ou não responderam 55,50%. 



A pesquisa ouviu 400 eleitores entre os dias 13 a 15 de abril, a margem de erro é 4,9% percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95% e o levantamento foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral do Acre com o número AC-0320/2024.

O que a pesquisa mostra? que não precisa ser nenhum PHD em estatística para ser capaz de pressupor que o caminho da ex-deputada federal, apesar dos comentários e boatos que ela poderá não ser candidata, será menos tortuoso nessa disputa, ademais a conjuntura evidencia que a emedebista é um fenômeno, visto que mesmo com a sua ausência na cidade manteve a liderança nas pesquisas desde o início das consultas, portanto continua como franca favorita para triunfar na eleição, por enquanto, nada surpreendente, "tudo como dantes no quartel de Abrantes".

Contudo,  tem correligionários e membros da equipe que  auxiliam e consequentemente orientam quanto ao direcionamento que o atual prefeito está seguindo para angariar votos está correto, não confiam nos números desta e nem de outras pesquisas que apresentam fracasso do pré-candidato Zequinha Lima para a ex-deputada federal Jéssica Sales, reputam veementemente os resultados em desfavor de Lima e os de apoio a Sales.
 

sábado, 13 de abril de 2024

Rapidinhas com UrtigaDoJuruá

 

Investimentos
Em Cruzeiro do Sul, quando o prefeito entrega algum investimentos para a população, é o prefeito Zequinha Lima (PP) que é o cara. Na ocasião que o governo do estado anuncia algo positivo, é o governador Gladson Cameli (PP), o grande responsável, no entanto, quando as ações são realizadas pelo governo federal, não é o presidente Lula (PT) que valoriza o Acre, é o ministério tal que respeita o Acre, é o senador ou deputado federal que conseguem recursos para o estado. No Acre o Presidente que mais tem olhado e investido no estado, é o Lula, mesmo assim não há gratidão.

Puxada de tapete
Corre solto comentários nos corredores da política de Cruzeiro do Sul, que a ex-deputada federal Jéssica Sales (MDB), tem grande chance de sofrer uma puxada de tapete pelos donos do seu próprio partido, tudo indica que os caciques da corte (Rio Branco), não estão demonstrando muito interesse com essa disputa na província (Cruzeiro do Sul) contra o PP.

Puxada de tapete II
Circula também, boatos de uma fonte fidedigna, que o leão do Juruá está rugindo como nunca com esta investida de um mandachuva emedebista da capital em barganhar com a forte candidatura da pré-candidatura da emedebista raiz Jéssica Sales, pelo visto, não consideram a juba esbranquiçada do político que sempre foi fiel a seu partido em todos os momentos, com seu estilo, claro!

Puxada de tapete III
Esse jogo bruto da política não é para amadores, a contenda é entre gigantes da política acreana, que não querem de forma alguma perder espaço, alias deixar de reconquistar poderio, haja vista que há uma oportunidade única do MDB voltar a chefiar o executivo na capital  acreana, diga-se de passagem com um ex-petista como favorito. Portanto, o propósito dos caciques é triunfar na corte e de maneira nenhuma dispor de algum obstáculo para naufragar nas urnas, nem que para isso, um "casamento" com código de validade em Cruzeiro do Sul, com vencimento em 2026, seja realizado e sem nenhuma cerimônia literalmente.

WO
Presumivelmente, o prefeito e pré-candidato a prefeitura Zequinha Lima (PP), não disporá de um concorrente a altura, e muito menos algum nome para cumprir tabela como adversário na disputa ao cargo de prefeito de Cruzeiro do Sul, existe imensa possibilidade da vitória ser por "W0", isso já foi cantado pelo UrtigaDoJuruá há algum tempo. Expectemos! 

Jeitoso
O parlamento é uma casa de embates, e os cruzeirenses só tinham lembranças das discordâncias  na tribuna da câmara de vereadores, o contraditória fazia parte do cardápio no parlamento mirim em outrora, mas na atualidade a cordialidade, "vossa excelência pra cá e vossa excelência pra lá", é o prato do dia, até que o vereador Elter Nóbrega (PP), quebrou a rotina e rebateu ao vereador Márcio da Farinha (MDB), que acusou o prefeito da cidade de ser dorminhoco, pois disparou que o prefeito passou quatro anos dormindo no cargo, Nóbrega refutou: "acho que o vereador passou dois meses e meio dormindo juntos, pois era da base até dois anos e meio". Eheheheh!

Base chateada
chegou uma informação que tem aliado da base do prefeito de Cruzeiro do Sul, que não está nada satisfeito com a conjuntura administrativa, ao que parece nem tudo são flores neste diversificado jardim, tem urtiga neste solo considerado fértil e não é o UrtigaDojuruá.

Vereador Élter Nóbre (PP)
Élter Nóbregra, com grande possibilidade de retornar a cadeira do parlamento mirim, é vereador do Partido Progressista, teve habilidades para articulação tanto como Edil, nestes quatro anos, como ocupando o cargo de Diretor-Presidente da Ecops, que com certeza vai lhe render bons frutos, melhor dizendo, votos, apesar da chapa dos progressistas contar com quatro pré-candidatos com mandatos  e fortes, e outros nomes com capilaridade política que completam a chapa, o vereador Nóbrega e Franciney Melo, ambos do PP, são cotados para permanecerem no mandato.

Dia 15, o grande dia
Boato fraco de que dia 15 de abril de 2024, será a data que a pré-candidata Jéssica Sales (MDB) estará em Cruzeiro do Sul, com expectativa de uma calorosa recepção e uma grande festa com os partidários, pois até o momento os negócios em Brasília são empecilhos de sua presença, conforme ela mesmo justificou. No entanto, os mais ferrenhos apoiadores afirmam que se isso não acontecer, adeus pré-candidatura a prefeita. "e adeus para meu voto", disse uma medebista das antigas, que não vota numa mistura com o PP.

Parece que não
O Partido dos Trabalhadores (PT), foi o grande vencedor da eleição presidencial em 2022, o Presidente Lula, triunfou derrotando um candidato que não teve cerimônia em utilizar as piores artimanhas para conseguir votos, inclusive movimentos escusos para sair vitorioso e fracassou, foi incompetente em todos os sentidos, contudo pelas bandas da terra da farinha, melhor dizendo, em Cruzeiro do Sul, "está tudo como dantes no quartel d´Abrantes". ou seja, quem continua dominando são os bolsonaristas... É pela governabilidadeeee!




terça-feira, 9 de abril de 2024

Liberdade de expressão, tem limite!

 

8 de janeiro de 2023, patriotas silenciaram os Três Poderes
Foto: Felipe Sampaio/SCO/STF



Nos últimos anos, o termo, liberdade de expressão vem sendo questionado por algumas figuras alucinadas e defensoras deste direito de forma absoluta, e, portanto, abusivas. São pessoas físicas e jurídicas do Brasil e do exterior, apoiadores obstinados, geralmente da extrema-direita, utilizando-se do pretexto da violação constitucional dos seus direitos, pois para estes, a liberdade de expressão vai além dos limites da lei, incluindo ameaças a soberania nacional, parece ser natural, inclusive com aprovação na câmara dos deputados pela Comissão de Segurança Pública (CSP), uma moção de louvor e aplausos para o dono do X, antigo twitter,  Elon Musk. O que ele fez? atacou a soberania nacional, mas o complexo de vira-lata tem mesmo peso da posição pessoal desses pseudopatriotas que alegam a bandeira brasileira.

Então, diante destes posicionamentos de grupos radicais, riquinhos mimados, políticos fascistas e integradores fundamentalistas de deus, pátria e família que respaldam as ondas de ataques a democracia, a injúria, a difamação e a calúnia, pois promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quais outras formas de discriminação, como está escrito na Constituição Federal é coisa ultrapassada, para eles o discurso de ódio em primeiro lugar, "fuzilar a petralhada" é liberdade de expressão, portanto não é crime para esses estes indivíduos.

A liberdade de expressão para esses "crânios" tem uma simbiose com a máquina da desinformação, é a vida deles, e com isso, as redes sociais são terrenos férteis, abusar das fake News é o tempero destes circulo, logo, o Art. 220 (CF). A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. É interpretado da forma que, posso tudo, esta cláusula, concede o direito de declarar o que quiser e como quiser..

 Ora, se o artigo 5º, parágrafo IV, diz que: “É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”, esse direito não é escudo para que se torne livre para desrespeitar as garantias de outras pessoas, além de suprimir as regras para boa convivência com o intuito de obter ganhos destruindo vida, reputações e fragilizando a democracia, portanto em nome da liberdade de expressão nem tudo é permitido, justificado e liberado, justamente por não ser um direito absoluto, e de regalias para as classes  mais abastadas.

Interessante que milhares de patriotas ocuparam as frentes dos quarteis pedindo intervenção militar, destruíram as instituições públicas na Praça dos Três Poderes na busca por um golpe de estado, teve minuta de golpe apreendida pela Polícia Federal, autoridades militares de alta patente envolvidas nesta operação contra a democracia e hoje, acusam o Brasil de ser um país ditador, que censura direitos, haja vista que a justiça bloqueou uso das redes sociais de golpistas que, abusando da liberdade de expressão espalhavam ensinamentos para fabricar bombas caseiras, incentivo à violência nas escolas, pregação nazista, ataques ao Estado Democrático de Direito e defesa de golpe e outros crimes.

Por fim, quando o Brasil atinge o ponto de sujeitos que se dizem patriotas aplaudirem um empresário estrangeiro que ameaça a soberania nacional, ofende ministro do STF e dissemina notícias falsas a respeito da suprema corte, tudo em nome da liberdade de expressão. A democracia brasileira ainda corre sério risco de golpe de estado, pois a mobilização de radicais extremistas ainda continuam, a justiça precisa ser justa e severa com estes que, vergonhosamente manipulam contra a democracia brasileira.


segunda-feira, 8 de abril de 2024

Rapidinhas com UrtigaDoJuruá


Subindo a ladeira
Enquanto alguns partidos ainda estão subindo as ladeiras de Cruzeiro do Sul, na busca por candidatos e candidatas para compor a chapa, os partidos de maiores estruturas já estão descendo, e com isso, largam na frente e cansam menos para atingir seus objetivos. 

Jéssica Sales
A ex-deputada e pré-candidata à prefeitura de Cruzeiro do Sul, mesmo afirmando em vídeo e reafirmando em entrevista numa rádio local, que nada vai impedir sua pré-candidatura, ainda deixa dúvida para alguns de seus correligionários e oponentes, que acreditam que tem muita água para passar por debaixo da ponte do Rio Juruá, mesmo com vazante e repiquete. Aguardemos! 

Dispensando votos
Numa roda de discussão com figuras do meio político, o que me chamou atenção foi que, tanto os candidatos a prefeito como a vereador em Cruzeiro do Sul, estão abdicando de votos, pois acreditam que esses votos não farão falta. Já testemunhei candidaturas derrotadas por um, dois e três votos, e quanto ao majoritário, bom senso e caldo de galinha não faz mal a ninguém. 

X-Tudão 
Durante anos no Acre, os atores políticos da esquerda, em especial aqueles protagonistas do Partido dos Trabalhadores (PT) foram atacados cruelmente por seus adversários, tanto no campo das ideias, como na sua honra, hoje, a política do estado é irônica,  pois estes mesmos personagens, agora são os principais condimentos do recheio do X-Tudão.

X-Tudão II
Em Cruzeiro do Sul, as combinações de alguns partidos na busca por candidatos a ocupar uma cadeira no parlamento mirim deste ano, não difere da eleição de 2018, foi no estilo do “pescoço pra baixo é canela”. Sabe aquela máxima? Os fins justificam os meios! Pois é! 

X-Tudão III
A gula pelo espaço de poder é insaciável, não é um privilégio de um estado, ou daquele partido específico, são de todos que disputam no voto a vitória para dominar este ambiente, contudo tem algo amargo nesta receita, que é comer este X-Tudão com uma camada de jiló. Porém, neste jogo tem quem deguste para agradar o dono do pão e do recheio.  

Sem anistia
O senador do Acre, Márcio Bittar (UB), apresentou um projeto para anistiar  os presos dos ataques do 8 de janeiro e estender o alcance para restabelecer direitos políticos dos declarados inelegíveis, diga-se de passagem, o Bolsonaro, por exemplo, que cometeu crime na disputa presidencial em 2022. 

Sem anistia II
Quer dizer que o senador acreano defende que a quebradeira das instituições e outros absurdos, agressões a policiais, tentativa de golpe de estado. Em que os “velhinhos” e “inocente” não tinham intenção, só estavam manifestando os seus desagravos com o resultado das eleições 2022. 

Sem anistia III
Em outras palavras, o senador acreano, Márcio Bittar (UB) defende que depois de cada eleição os grupos derrotados devem quebrar tudo nas instituições de estado, cometer crimes e outras barbáries, é isso mesmo? 

Sem anistia IV
São ações criminosas, mas para mostrar que só estão manifestando os seus desagravos com os resultados da eleição, não é para considerar crimes, e sim, como defesa o senador alega perseguição aos cidadãos por conta de suas opiniões e posicionamentos ideológicos. 

Sem Anistia V
O “Jus esperneandi”, O direito de espernear dos derrotados, passa a ser adotado na visão do parlamentar ao que parece, direito de destruir bens públicos e cometer crimes violento? É isso mesmo? Vergonha na cara que é bom, passou longe, né senador! 

Extrema direita
O dono do X, antigo Twitter, Elon Musk, ao que tudo indica, numa atitude orquestrada para defender a extrema direita do mundo e agradar a sua bolha, ataca um ministro do STF, afronta a democracia brasileira em nome da liberdade de expressão. 

Extrema direita II
A defesa da liberdade de expressão que é elogiada por estes são: defender o nazismo, atacar minorias, disseminação de fake News, difundir ideias absurdas que vão de encontro a lei, defesa a ditadura, apologia a crimes, elogiar torturador, misoginia, discursos racistas, golpe de estado, portanto, há um imenso vácuo entre o discurso de extremistas e a liberdade de expressão, que é garantida pela Constituição Federal, mas esse direito não é absoluto.   

Extrema direita III
O choro é livre, cometer crimes não, a internet não é uma terra sem lei, já dito pelo ministro Alexandre de Moraes, é necessário responsabilizar todos que agridem nossa soberania nacional. A regulamentação das redes sociais é fundamental, mas o congresso nacional, não está nem aí, ao que parece, quanto pior, melhor.

           Art. 142 
          Caíram N´água, aqueles que defendiam que às Forças Armadas exerciam o papel de             “poder morador” no país, conforme alguns interpretavam o art. 142 da CF.  Com 11               votos a Zero o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que estes, não podem intervir             nos três poderes da República. Intervenção militar, jamais!

 


  ac24horas Carioca avalia com lucidez que, caso o governador Gladson e o Progressistas não tivessem apresentado candidato próprio à Prefeit...